O respeito pelas leis

Por vezes quando somos responsáveis por um serviço ou por um departamento numa empresa publica ou privada, criamos a ilusão que as leis são aquelas que queremos e não aquelas que regem todo a nossa sociedade.

A garantia que todos são iguais perante o ordenamento jurídico existente, é o fundamento de qualquer país ou região civilizada.

Vem isto a propósito de ter conhecimento de ainda existirem empresas mesmo publicas onde o respeito pelo normativo jurídico é um contratempo, é para estes casos que foram criados os serviços inspectivos para se impor o respeito pele Lei.

Nós como país comunitário temos todos a obrigação do cumprimento das normas existentes e já é tempo de deixarmos de dar o péssimo exemplo deste terceiro mundismo.

Uma não solução

Em Angra a solução do estacionamento foi equacionada com a construção de dois parques de estacionamento na periferia da cidade, só que o numero de estacionamentos disponíveis é insuficiente o que faz que toda a cidade continue a ser um monte de carros e uma selva de sinais de estacionamento pago.

A solução para o estacionamento é sempre difícil numa cidade histórica, mas Angra tem de rapidamente de repensar o seu transito e estacionamento pois a sua classificação como património mundial assim a obriga.

Cidade património

Angra do Heroísmo é uma cidade classificada como património mundial, como tal deverá merecer sempre um cuidado urbanístico muito especial das suas autoridades autárquicas, pois a sua classificação é o factor mais importante para a sua promoção turística.

Se a proposta fosse feita hoje teria tido vencimento?

Julgo que não, pois quem conhece outras cidades classificadas na Europa dificilmente encontrará os motivos que justificaram a inclusão duma cidade que se descaracteriza muito rapidamente.

As obras na frente marítima, fizeram desviar verbas que teriam sido fundamentais para uma reabilitação do seu centro histórico, a única razão da sua classificação, foi um erro no seu projecto de desenvolvimento que muito dificilmente poderá agora ser corrigido.

O Carnaval

É um dos momentos mais característicos e interessantes da cultura popular terceirense, as marchas e bailhinhos que todos os Carnavais correm toda a ilha levando a boa disposição e a critica social, politica ou religiosa a uma população sempre desejosa de aderir e viver este verdadeiro teatro popular.

São o nosso Carnaval, sem imitações, este ano pela primeira vez a RTPA transmitiu em boa hora e em directo a exibição de alguns bailhinhos e marchas, foi um bom serviço prestado à nossa cultura popular, espero que para o ano continuo com algumas melhorias.

Sem esperar

Só pelo facto de estarmos vivos, surgem –nos problemas de saúde inesperados que nos fazem meditar na relatividade de tudo aquilo que nos rodeia, razão que me fez subalternizar a escrita, durante alguns dias, nos meus blogs.

Certamente ainda terei de interromper por mais algum tempo esta participação, até lá relatarei o meu reencontro com o Carnaval da Terceira.

A vitória do sim

Como previam os estudos de opinião e as sondagens o sim venceu com uma grande margem o referendo sobre a IVG.

Este facto veio demonstrar que hoje a comunicação global, a liberdade e o conhecimento são as principais vias que vão balizando as sociedades, por tal motivo os cidadãos assumem eles próprios os seus destinos, subalternizando aqueles que os pretendem conduzir como rebanho acéfalo.

Mais que uma vitória de um dos campos devemos encarar o resultado como um sinal do nosso tempo que deverá merecer estudo para nos conhecermos melhor neste início do século XXI.

A luta pelos fundos

O Concelho de Ilha do Faial por unanimidade colocou-se ao lado da Câmara Municipal da Horta pela alteração das condições de distribuição do QREN pelos Municípios da RA.

Trata-se de uma posição política de defesa dos interesses locais que honra quem a tomou, mas que não prevejo qualquer possibilidade de êxito, dado que depende da Assembleia inter-minicipal da AMRAA, onde a maioria está de acordo não com princípios de equidade ou de justiça distributiva, mas sim com as verbas que prevê receber pelo processo que for mais vantajoso para cada um.

A alteração pretendida pelo Faial, que respeita os princípios do QREN, é da mais elementar justiça, mas só poderá ser feita pela entidade supervisora na RA, neste caso o GRA e nunca pelos municípios que são parte interessada.