AMT

A Associação dos Municípios do Triângulo ressuscitou, depois de ter passado anos em sono profundo, facto que sempre considerei como um erro incompreensível sob qualquer perspectiva política.

O desenvolvimento turístico desta sub-zona do arquipélago só será viável com o aproveitamento integral e complementar destas três ilhas São Jorge, Pico e Faial, tudo o resto é retórica que apenas conduzirá ao isolamento e com ele à estagnação turística.

A criação pela AMT de uma sociedade para o desenvolvimento turístico é no meu ponto de vista positivo e pecará apenas se retardar no tempo com os paços necessários à sua criação efectiva, pois este é um momento crucial para a promoção desta sub-zona, onde a diversificação humana, paisagística e a tranquilidade garantem, bem publicitadas, um dos circuito de maior êxito da RA dos Açores.

Neste espaço já muito escrevi sobre este assunto, é pois com renovada expectativa que irei acompanhar este ressurgir e não posso deixar de incentivar os municípios envolvidos por esta iniciativa em inicio de mandato.

Os Juizes

Reuniram em congresso sindical, e de novo assistimos a um rol de recentimentos e criticas sobre a actuação do governo.

Não me move qualquer ideia pré-concebida sobre estes profissionais, onde assenta em democracia os fundamentos das liberdades, mas com custo ouço as suas reivindicações, suportadas por todos os portugueses, muitos deles no desemprego e a sua maioria com salários muito baixos.

A perda de privilégios é sempre difícil mesmo para aqueles que vivem no topo da pirâmide e que por tal motivo se julgavam acima do comum dos cidadãos.

Espero que passada a emoção, o profissionalismo que afirmam possuir e que estou convicto existir na sua grande maioria, conduza ao bom senso e ao dialogo, porque o país, no seu todo assim o exige.

A Região Autónoma

Quando assistimos ao sentimento depressivo existente no país e ao espirito reinante na RA, compreendemos melhor o valor de possuirmos órgãos próprios que com sabedoria e competência nos tem conduzido a uma situação muito longe da depressão económica.

Podemos pedir mais ao orçamento regional, podemos até querer o impossível ou até clamar contra moinhos de vento como por vezes ouvimos, mas é inquestionável a direcção política deste Governo Regional e a firmeza com que as finanças regionais se encontram nas mãos de Sérgio Ávila.

Peter "Café Sport"

José Azevedo, proprietário do "Peter Café Sport", mundialmente conhecido por ser paragem obrigatória dos velejadores que cruzam o Atlântico, morreu na cidade da Horta, ilha do Faial, aos 80 anos.

Nascido a 18 de Maio de 1925, José Azevedo desde muito novo começou a dar os primeiros passos no Café Sport, ajudando o pai a levar compras aos ingleses que residiam na Horta e que trabalhavam nos cabos submarinos.

Com a chegada dos primeiros iates à ilha do Faial, ainda antes da década de 1960, José Azevedo foi o rosto do Café Sport, estabelecendo uma ligação de apoio e amizade com iatistas, que se prolonga até à actualidade.

Foi no navio "Lusitânia" que ganhou o nome de "Peter", atribuído pelo comandante que o achou parecido com o seu filho.

Citado em vários livros, José Azevedo foi nomeado Sócio Honorário do Ocean Crusing Club, a revista "Newsweek" integrou o Café Peter, no lote dos melhores bares do mundo e, em 2003.

José Azevedo foi agraciado pelo Presidente da República Mário Soares com a Medalha de Grau Oficial da Ordem de Mérito.

Entre outros galardões, recebeu, em 2004, o "Correio de Ouro", atribuído pelos CTT, pelo "serviço postal internacional" prestado, durante décadas, aos velejadores que escalaram a Horta.

Igualmente a Freguesia de Angústias e o Município da Horta homenagearam José Azevedo por aquilo que ele representou para esta pequena Ilha.

Carlos César

Cada sociedade possui em cada momento os políticos que é capaz de gerar, assim se passou com a açoriana, iniciamos a vivência autonômica com Mota Amaral com ele foram criadas as bases do sistema e deu-se inicio a um processo de desenvolvimento tendo por base a construção de infra-estruturas básicas.

Fechado esse ciclo, o PS com Carlos César iniciou uma nova etapa de modernização e de desenvolvimento económico da RA, nunca na sua história os Açores viveram um momento de tão profunda transformação, onde os seus resultados estão espalhados pelas nove ilhas e modificaram o viver tradicional e rural de uma sociedade perdida no tempo.

Carlos Cesar tem sabido ser um extraordinário político capaz de mobilizar e de encontrar os melhores colaboradores para esta missão, ao mesmo tempo que assumiu o espaço político anteriormente de Mota Amaral, esvaziando desse modo a oposição.

Para a RA seria bom que Carlos César se despose-se a um 4 e definitivo mandato, dando assim estabilidade ao investimento económico que se perspectiva e concluindo um trabalho de muito mérito em prol dos Açores e de Portugal.

O Congresso do PS

Realiza-se este fim de semana no Teatro Faialense o XII congresso do PS, encontro que por motivo de ser o do partido do governo assume a maior importância e relevo na vida da RA.

Com funções governativas há anos, o PS tem assumido com muito inteligência e um bom desempenho político as funções de maior partido na Região ocupando na sociedade açoriana um papel estruturante na modernização da mesma e no seu desenvolvimento económico.

Esta chegada a hora para se tomar medidas conducentes ao não adormecimento da estrutura partidária sob os louros do trabalho realizado, não é necessário grandes revoluções mas sim alguma renovação quer de dirigentes quer dos estatutos partidárias que levem a uma maior participação dos militantes na vida activa do partido.

A RA ainda necessita dum PS capaz de continuar a modernizar uma sociedade que vivia ainda em época anterior à industrialização.

Os aviões da CIA

Tomei conhecimento novamente pelos meios de comunicação social de que pelos mais variados aeroportos da Europa passaram envolto em mistério os aviões da Cia com presumíveis terroristas islâmicos raptados também nos mais variados países.

São actos como estes que descredebilizam a força moral de combate ao fanatismo, nunca se ganha qualquer batalha neste campo especifico quando usamos as mesmas armas do nosso adversário.

Os países democráticos podem e devem vencer esta situação de crise de valores, não pela barbárie da guerra contra o terrorismo, mas pela força da razão da nossa civilização.

Mais um momento triste e vergonhoso em que não me reconheço.

O Mar

Estamos em mais um dia mundial onde o mar é o tema, pela sua importância deverá merecer de todos uma especial atenção.

O mar rodeia-nos por tal motivo é a essência da nossa existência e o meio natural da nossa expansão e riqueza.

Nesta cidade da Horta o Departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores dedica toda a sua investigação a esta área, com cientistas de diversas nacionalidades e um trabalho reconhecido mundialmente.

Este é o contributo desta ilha para um conhecimento fundamentado sobre o mar.

Catástrofes

Nestes últimos meses a maior catástrofe existente na terra foi sem duvida a do sismo do Paquistão em que morreram mais de 80.000 pessoas e os prejuízos foram incalculáveis para um pais no seu estado de desenvolvimento económico.

Aproxima-se o inverno e prevê-se que irão morrer outros 80.000 ou mais com o frio, pois vivem nas ruínas praticamente sem ajudas de agasalhos ou comida da comunidade internacional.

O que deverá fazer pensar a todos nós é o que não se vê ou ouve nos meios de comunicação social é como não existente por isso todo aquele drama permanece como irreal, quando o sofrimento daquele povo é gritante à nossa solidariedade.

Angola 30 anos

Passam hoje 30 anos sobre a independência de Angola, data que infelizmente não correspondeu a um período de paz por governo dos próprios angolanos.

Passei 2 anos naquele grande país, convivi com os seus habitantes e fui testemunha do seu sofrimento e da guerra.

Tomei conhecimento directo das suas aspirações e capacidades e acreditei sempre num futuro que infelizmente só foi possível se tornar realidade passados mais 28 anos até à morte de Savimbi.

Hoje com a paz é o pais com a maior taxa de crescimento de todo o mundo prevendo-se para a ano de 2006 um valor de 29%, acompanhando Moçambique no desenvolvimento e diferenciando-se ambos dos restantes países africanos.

Neste dia sinto uma grande alegria por Angola em paz e no caminho do tão merecido desenvolvimento para o seu martirizado povo.

Os emigrantes

A França passa por um período difícil com os seus emigrantes de 2 e 3 geração, principalmente pela não inserção dos mesmos na sociedade francesa.

Este fenómeno é quase transversal a toda a comunidade europeia, onde no período de maior desenvolvimento foi necessário o recurso a mão de obra emigrante.

Entre nós estamos ainda numa fase inicial, mas a caminho que levamos conduz-nos à rotura se rapidamente não soubermos integrar na nossa sociedade os filhos dos nossos emigrantes quer africanos quer do leste europeu.

Com o nosso espirito tolerante e as diversas associações e movimentos da sociedade civil envolvidas na integração, com políticas certas levadas a cabo pelas instituições governamentais e sem perda de tempo, ainda estamos a tempo, porque todos somos necessários numa sociedade multicultural como sempre foi a nossa nos últimos 500 anos.

Executivo Camarário

A constituição do executivo camarário da Horta, resultante das eleições de 9 de Outubro ficou constituído por dois vereadores do PS e dois da CDU, sobre a Presidência de João Castro eleito pelo PS..

Trata-se de uma situação de equilíbrio partidário de realçar e a primeira experiência feita num executivo municipal na Região, pelas forças à esquerda do leque partidário regional..

Tenho as maiores expectativas resultantes do acordo agora levado à pratica, por conhecer as capacidades das pessoas nele envolvidas e que é tão válido e eficaz como qualquer celebrado à direita.

Aguardo o desenrolar do seu trabalho em prol do Fayal.

TV para todos

As inscrições para instalação dos equipamentos necessários à recepção gratuita, pelos residentes nos Açores, dos canais generalistas de televisão nacionais – 2:, TVI e SIC – têm início a 7 de Novembro, na TV Cabo açoriana, mediante o pagamento de uma prestação única de 50 euros (destinada ao pagamento do equipamentos), a população açoriana fica com o direito a receber esses canais num prazo máximo de dois meses.

Nos termos do acordo, assinado pelo governante açoriano; pelo ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva; e pelos responsáveis do ICP - ANACOM e TV Cabo, os residentes na Região dispõem de um prazo de um ano para apresentarem as respectivas inscrições se pretenderem receber o serviço nos termos do protocolo estabelecido
.
Há a realçar, ainda, o facto de ser possível garantir o acesso gratuito nos Açores aos canais generalistas num quadro de observância da qualidade ambiental que se quer preservar”, evitando-se a proliferação de antenas parabólicas em zonas urbanas já cabladas pela TV Cabo.

Asneiras políticas

O PSD-Açores declarou que o Governo da República deve suportar o impacto dos custos do preço do petróleo nas ligações aéreas entre o Continente e o arquipélago, para evitar o aumento das tarifas para os açorianos.

È com tomadas deste tipo que os portugueses são levados a dizer que os açorianos são exploradores, em linguagem popular existe uma outra palavra talvez mais apropriada, pois os contribuintes nacionais que culpa tem de aumento dos combustíveis eles também vitimas ainda maiores de tal facto.

Por vezes e na falta de qualquer estratégia política digna desse nome, torna-se publico asneiras que deveriam ficar no silencio de quem as pensou.

Felizmente este PSD não está no governo regional.

1755

Faz hoje 250 anos sobre esta tragédia verdadeiramente nacional, apesar de estarmos a quase 2000 km de distancia, a RA também foi vitima do “Terramoto de Lisboa”, não propriamente do sismo mas do tsunami resultante.

A destruição foi grande em todas as ilhas e o numero de mortos andou por uma dezena, apesar de não haver qualquer registo oficial sobre o assunto.

Das catástrofes que estas ilhas foram sujeitas ao longo do seu povoamento apenas há o registo de um tsunami com características de destruição como este de 1755.

Lembremos hoje todos aqueles que morreram vitimas de um acidente geológico de proporções gigantescas, quer do tsunami quer ainda do fogo resultante da destruição.