Reunião na Horta

Realiza-se na Horta a terceira reunião anual do projecto internacional ‘MADE: Mitigating Adverse Impacts of Open Ocean Fisheries’.

Este projecto é financiado pela União Europeia (FP7) e liderado pelo IRD (França), contando com a participação do IMAR/Departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores.

O projecto ‘MADE’ visa a proposta de medidas concretas para a mitigação dos efeitos negativos sobre as capturas acessórias e acidentais das duas maiores pescarias de oceano aberto em que a frota comunitária está envolvida: a pescaria de longline de superfície (ou de ‘espadarte’) e a pescaria de cerco ao atum.

De particular interesse são as espécies de tubarões pelágicos, com destaque para a tintureira, o tubarão de pontas brancas oceânico e o tubarão sedoso, e o espadarte juvenil, espécies que, por vezes, constituem pescarias acidentais também nos Açores

Esta reunião é organizada pelo Departamento de Oceanografia da Universidade dos Açores e decorrerá no Centro do Mar da Secretaria Regional do Ambiente e do Mar (antiga Fábrica da Baleia). Na reunião participam 35 representantes de 9 países, incluindo duas regiões ultraperiféricas (Açores e Reunião) e três países extra-comunitários.

Atenção ao Euro

Neste contesto económico e político onde actualmente nos movemos, por vezes escapa-nos os pormenores, transcrevo as ideias principais de João Costa Pinto, presidente da Caixa de Crédito Agrícola e ex-vice-governador do Banco de Portugal, no "Jornal de Negócios", de 21-04-2010.

“Vive-se uma batalha pela sobrevivência da união monetária europeia (...). Há interesses e forças, quer especulativas, quer políticas, e grupos de interesse do mundo anglo-saxónico interessados em testar até ao limite a resistência do euro (...). É certo que algumas economias mais periféricas, como a portuguesa, têm debilidades, mas isto é um ataque ao euro através da concentração nos elos mais fracos da cadeia”.

Face oculta - epilogo

Durante meses o país assistiu, a um ataque à figura do Primeiro-ministro José Sócrates, numa tentativa de destruição da sua imagem, no processo que ficou conhecido por “Face oculta”, até um canal de televisão e uma sua jornalista? de sexta-feira, cheia de certezas, vomitava acusações semanalmente.

Agora o processo Inglês foi arquivado por ausência de provas e o português também não reuniu provas para deduzir qualquer acusação contra o 1º ministro José Sócrates.

Onde estavam as certezas do Sol e de Moura Guedes ???

E assim se vai fazendo algum jornalismo e a política em Portugal.

Congressos partidários

No próximo fim-de-semana realizam-se os congressos partidários do PS e do PCP, num ritual que já se tornou rotineiro.

Por ser do partido do governo regional e por a proposta apresentada por Carlos César ser muito interessante e muito acima da média de documentos similares, espero para ouvir a sua discussão e também pela intervenção final do Presidente do PS.

Não posso deixar de reconhecer a Carlos César, como proponente da proposta apresentada agora, qualidades políticas únicas no actual enquadramento regional, por tal motivo a sua reeleição em 2012, se concorrer, foi ganha neste Congresso.

O triângulo de volta?

Foi com satisfação que ouvi o Presidente da Câmara Municipal da Horta voltar ao discurso da necessidade de revitalização da Associação dos Municípios do Triângulo.

Esta realidade geográfica e turística, única na Região Autónoma, não pode e não deve ser subestimada no desenvolvimento desta RA e muito principalmente da população das suas três ilhas.

Num período de crise no fluxo turístico para a RA, a potencialidade do triângulo com as suas deslumbrantes e variadas paisagens, a proximidade e complementaridade das suas estruturas turísticas, são em meu entender, talvez um dos únicos trunfos a serem jogados agora, pois ganhando o triangulo ganha toda a RA no futuro.

Pobreza

Um estudo da Universidade Católica, de 2005, aponta para uma taxa de incidência de pobreza por rendimento de adulto equivalente na ordem nos 21% nos Açores. Um número que contrasta com os 16% do país.

Apesar da elevada taxa de pobreza registada nos Açores, a situação tem sofrido uma redução nos últimos anos. Desde 1994, a taxa desceu dez pontos percentuais.

“A incidência de pobreza por rendimento de adulto equivalente, em 1994 era de 31% e em 2005 era de 21%. Enquanto a média no continente era em 1994 de 18% e passou para 16% em 2005. Portanto a taxa de diminuição é muito significativa nos Açores”, revelou a socióloga Isabel Guerra uma das autoras do estudo.

Esta é uma realidade que acompanha os açorianos desde o povoamento e que só com a autonomia política se está reduzindo.

Pascoa

Desejo apresentar aos meus visitantes e amigos uma boa e Santa Pascoa, se possível vivida em família como é a tradição portuguesa.