A Posse

Toma hoje posse os órgãos autárquicos eleitos a 9 de Outubro passado para o município da Horta, uma renovada esperança nasce em cada novo ciclo autárquico. Este ciclo com uma nova experiência de governação até hoje único na RA depois de assinado o acordo pos-eleitoral entre o PS força vencedora mas sem maioria de mandatos e a CDU.

Tenho uma profunda esperança na governação autárquica nos próximos anos, não só por conhecer as pessoas eleitas como também pela garantia que as instituições partidárias envolvidas me oferecem.

Um bom trabalho em prol do Faial é o meu sincero desejo e os maiores êxitos pessoais a todos os autarcas hoje empossados.

Coligação

Depois de algum cepticismo da minha parte, o PS e a CDU chegaram a um acordo pós eleitoral para tornar governável a Câmara Municipal da Horta

Trata-se de um facto histórico nesta RA e que deverá merecer o maior destaque, pois até aqui tudo se tinha passado a uma alternância entre PS/PSD e nada previa à partida que haveria alteração a este cenário.

A CDU aproveitou estrategicamente esta oportunidade que dificilmente se repetirá, o PS ficou com estabilidade para exercer o poder partilhado e ao PSD a possibilidade de exercer a oposição que em democracia é tão digna como o poder.

Nos jornais locais aparece a ideia que a coligação deveria ser tripartida, se tal acontecesse aos eleitores era-lhes tirada a possibilidade de oposição e alternância ao poder local municipal, estão estariam criadas condições de instabilidade e até de esperança num futuro acto eleitoral autárquico.

Os meus parabéns à coragem e vontade manifestada pelos intervenientes que tornaram possível esta coligação.

Desemprego

Dados do Instituo de Emprego e Formação Profissional (IEFP) revelam que, no segundo trimestre de 2005, o total de desempregados inscritos nos Açores caiu para 3.931, 3.723 e 3.500 em Abril, Maio e Junho, respectivamente, atingindo um valor ainda mais baixo em Agosto último (3.385).

A redução acentuada do número de inscritos nas agências para a qualificação e emprego dos Açores (9.870 em Janeiro de 1998) reflecte a especial atenção do Governo Regional ao mercado de trabalho, consubstanciada, nomeadamente, no fomento da integração de jovens recém-licenciados, para os quais foram criados programas de transição específicos, como o Estagiar L e o Estagiar U.

Depois de várias noticias negativas a nível nacional e da preocupação relativa à gripe das aves, esta noticia vem trazer alguma esperança em dias melhores para a nossa RA.

RTPA

Com a entrada do outono a RTPA iniciou o seu novo mapa tipo com mais de 50% de produção própria.

Estão de parabéns todos os seus profissionais pelo esforço desenvolvido, pois entenderam ainda a tempo que só com uma programação própria e regional poderiam sobreviver aos canais generalistas nacionais como às dezenas de outros oferecidos pelo serviço de cabo ou satélite da TV Cabo.

Mesmo que alguns programas não venham a ter a qualidade que poderíamos esperar, este esforço merece ser aqui referenciado como muito positivo.

As greves

Vamos entrar numas semanas de greves e contestação publica pelas medidas de austeridade que o Governo da Republica implementou com o Orçamento do Estado para 2006 e com ele a diminuição do défice publico do estado.

O que me espanta é ainda se acreditar que qualquer governo aqui ou em qualquer outro lugar, altere as suas políticas de austeridade financeira apenas por contestação de rua ou por greves.

Já não vivemos nos finais do século XIX ou na primeira metade do século XX , hoje o mundo globaliza-se rapidamente, estão em curso profundas alterações sociais e económicas que alterarão a fisionomia das sociedades onde fomos criados, defender os conceitos sociais que temos é compreender a necessidade da sustentabilidade financeira daquele modelo social e não aquilo que cada um pretende, vendo apenas os seus privilégios e ignorando a contribuição de todos.

O mundo do trabalho necessita rapidamente de credidebilização e não de greves ou manifestações retiradas de compêndios bolorentos e desconceitoalizados dos nosso tempo real e concreto.

A gripe das aves

Trata-se verdadeiramente de um problema de saúde publica que poderá ter uma expressão avassaladora, apesar de não ser do meu tempo a pandemia de gripe espanhola matou milhões de pessoas em todo o mundo.

Se é certo de que de nada vale entrarmos em pânico, devemos estar conscientes e bem informados sobre a evolução do virus H5N1 e tudo fazer para seguirmos as instruções dos serviços de saude sobre o assunto.

Cabe-nos apenas aguardar , como se tal fosse fácil ou agradável.

A razão de volta

Afinal o conteúdo do meu ultimo post foi um rebate falso, a razão de novo voltou e o respeito que é devido aos eleitores também.

Maioridade política

Uma característica que deverá merecer respeito de todos é o resultado de umas eleições democraticamente disputadas.

Vem isto a propósito de um artigo no jornal local “O incentivo” onde se afirmava que os partidos perdedores se preparavam para correr com o deputado municipal mais votado, substituindo-o por um elemento de um dos partidos vencidos, isto por o partido vencedor não tinha obtido a maioria absoluta de mandatos.

Este comportamento é lamentável porque os eleitores não manifestaram com o seu voto a uma vontade de “ajuste de contas” mas sim a de um entendimento partilhado de responsabilidades.

Como nada mais veio a publico aguardo que os responsáveis políticos locais dêem provas de maioridade política.

A ingovernabilidade

Terminadas as eleições e contados os votos a Câmara Municipal da Horta continua do PS, mas perdeu a maioria nesse órgão como também na Assembleia Municipal, tal facto deveu-se à subida da CDU, a merecer um estudo sociológico mais cuidado por difícil explicação lógica em cima do facto.

Para a CDU agora começa a democracia neste órgão autárquico e para o PSD começa o fim da governação do PS pelas dificuldades que surgirão.

A legislação autárquica em vigor atribui um rol de competências próprias ao Presidente que lhe permitem na pratica a quase governabilidade da autarquia, pouco mais resta à vereação, mas para esse pouco são necessários acordos com as partes que são sempre difíceis, onde prevalece quase sempre o interesse da força política da oposição acima dos interesses dos munícipes.

Um executivo sem maioria é sempre aparentemente fraco, mas é nestas circunstancias que o Presidente eleito terá de se mover, o exemplo mais actual dum caso destes foi o de Rui Rio da Câmara do Porto, onde as dificuldades que lhe criaram apenas levaram à maioria absoluta, cá há anos essas mesmas circunstancias levaram também Renato Leal à maioria absoluta na eleição seguinte.

Cabe a todos os intervenientes políticos a assunção das suas responsabilidades de modo a tornar o município governável, não no interesse do particular mas do colectivo da sua população.

Dia de eleições

Hoje é dia de eleições autarquicas.

Cabe-nos uma decisão pessoal importante que deverá ser consciente e que não devemos nunca deixar a outros.

O voto é a manifestação da nossa participação no colectivo, para termos qualquer palavra no futuro temos de votar hoje e sempre.

Reflexão

Terminada a campanha eleitoral autárquica, todos esperamos, no mínimo, o cumprimento das propostas eleitorais da força política vencedora durante os próximos 4 anos.

Amanha descansamos de toda a poluição sonora e propagando eleitoral com que fomos bombardeados, a reflexão será para poucos, pois a grande maioria dos eleitores já tinha a sua intenção de voto tomada antes mesmo da campanha.

As forças políticas fizeram mais uma vez o seu papel, os eleitores fá-lo-ão domingo e assim continuamos a viver em democracia política.

Republica

Como republicano convicto, hoje relembro a memória daqueles que tornaram possível a implantação deste regime político entre nos.

Trata-se de um passo rumo à modernidade aquele que possibilita a qualquer cidadão poder ser eleito pelos seus concidadãos para o mais alto cargo político o de “Presidente da Republica”, e que torna ao mesmo tempo como um direito universal o de todos os cidadãos serem iguais em direitos, acabando-se com a subordinação real e a condição vexatória de súbito.

Esta terra deu o primeiro Presidente Eleito da Republica Portuguesa - Manuel de Arriaga, hoje com honras de Panteão Nacional, nada melhor que o dia de hoje para o lembrar.

Campanha

Lá vai decorrendo a campanha eleitoral para as autarquias locais, sem grande criatividade e com o alarido habitual.

Como tinha prometido há dias, bem esperei pelos manifestos eleitorais como qualquer cidadão, mas na minha caixa do correio ou pessoalmente apenas recebi o do PS e do CDS, os outros partidos apenas me entregaram propaganda do seu candidato a Presidente de Câmara, o que é pouco para uma campanha de esclarecimento consciente.

Dos dois manifestos é indiscutível que o do PS se apresenta mais realista e capaz de conduzir o Fayal à continuação do desenvolvimento que encontramos hoje, quanto às campanhas que tenho acompanhado, continuam com esta ausência de propostas, limitando-se os candidatos a atacar o trabalho desenvolvido pelo actual executivo.

Assim não se criam alternativas credíveis o que é mau para a alternância democrática.

Uniformização

A partir deste dia os contadores de visitantes do “Fayal” estarão uniformes quer no Sapo quer no Blogger e apresentarão o numero real daqueles que por aqui passam.

Assim no Sapo o contador marcava 6892 desde Janeiro 2004 e no Blogger 1624 desde Agosto de 2004

A partir de agora marcará 8496 em qualquer das entradas.

Obrigado a todos que vão passando pelo “Fayal” e compartilhando as minhas “Vivências de um Ilhéu”.