quinta-feira, junho 29, 2006

Os exames nacionais

Entramos de novo em período de exames nacionais e é ver os nossos jovens em grande ansiedade.

Espero que este ano os exames nacionais sejam elaborados para uma verdadeira aferição de conhecimentos e que resultem num número elevado de positivas e não como até aqui num role imenso de negativas que desprestigiam os elaboradores dos exames, professores, os alunos e o país.

terça-feira, junho 27, 2006

Uma analise lúcida

Li uma entrevista do Presidente da Câmara de Angra sobre as suas festas deste ano e não posso deixar de manifestar a minha simpatia pelas suas afirmações. Os parágrafos seguintes são interrogações minhas e tem por base a referida entrevista.

Primeiro alterar uma organização apenas porque já existe com o mesmo figurino há anos, a nada conduz de novo, dispersa energias e cria novos gastos. Como afirmei durante anos qualquer festa é apenas um pretexto para o encontro de pessoas, alterar uma organização que já tem provas dadas de êxito e organização implica sempre um acréscimo de custos que alguém terá sempre de pagar.

Este ano as pessoas dispersaram pelos diferentes lugares da festa, dando a impressão de uma menor presença. Esta é outra realidade que qualquer organização deverá ter sempre presente em ilhas cuja a população é relativa, os visitantes mesmo que muitos, são poucos milhares, os residentes são outros tantos, juntos parecem muitos, dispersos assumem a sua realidade.

As festa na RA tem de ser repensadas quer no seu aspecto organizativo quer económico e com caracter urgente, pois não é aceitável nem justificável politicamente gastos de centenas de milhares de euros num período de grande contenção de custos em despesas de duvidoso retorno e com uma lei de finanças locais restritiva no horizonte.

domingo, junho 25, 2006

As marchas de São João

Assisti ontem pela RTPA às marchas de São João de Vila Franca e de Angra, apesar de diferentes gostei de ambas, mas é no entusiasmo das gentes da Terceira no acompanhamento das suas marchas que reside toda a diferença entra as duas festas populares.

As sanjoaninhas têm dezenas de anos e os terceirenses sempre as viveram intensamente, esta é uma característica daquele bom povo que reserva na sua vida de trabalho, momentos lúdicos de grande beleza popular, como as danças de carnaval ou as marchas de São João. Estas hoje já apresentam características únicas e próprias daquela terra e isto só é possível pela criatividade dos terceirenses.

sexta-feira, junho 23, 2006

Em vésperas de São João

Encontramo-nos de novo em vésperas do São João que no Faial se festeja no interior da Ilha e tem na sua origem as romarias a pé das diferentes freguesias com o encontro das suas gentes.

Nos dias de hoje já não há romarias a pé porque todos se deslocam de carro, os farnéis e piqueniques desapareceram, as pessoas encontram-se frequentemente em todas as outras festas e o encanto da romaria de São João apenas existe na memória e teimosia das gentes até um dia que prevejo não ser daqui a muitos anos.

quarta-feira, junho 21, 2006

O fim do encalhado

Iniciaram-se os trabalhos de desmantelamento do CP Valour encalhado na Fajâ da Praia do Norte.

A empresa holandesa encarregada do serviço demonstra a sua capacidade e saber sobre o assunto, com a deslocação de meios nunca vistos por estas paragens.

No meio de tudo isto, tivemos muita sorte, primeiro pela empresa proprietária do navio ser credível e dum pais respeitador dos problemas ambientais, segundo a poluição causada foi mínima, o impacto do acidente foi igualmente mínimo e estou certo que o desaparecimento daquele cadáver metálico será rápido e completo.

segunda-feira, junho 19, 2006

A Feira

Chegou ao fim mais uma Fera Regional, este ano com melhorias no seu espaço físico, mas ainda muito insuficiente para uma feira no espaço europeu onde nos situamos.

Há três anos houve um interregno para se pensar na feira regional do futuro, infelizmente nada se pensou de concreto e para ser franco se na amostra do gado se verifica grandes melhorias na qualidade do mesmo, e tal não se devem só às feiras regionais, tudo o resto transmite uma imagem nada abonatória do desenvolvimento duma Região Europeia mesmo que periférica.

Se para a Feira do Mundo Rural, apenas local, se aceita uma organização como aquela, para uma Regional é muito pouco.

sábado, junho 17, 2006

A verificação de uma realidade

Cheguei de novo à Horta e constatei, se preciso fosse que a nossa maior dificuldade no desenvolvimento económico, é a pouca população, não só da cidade como da ilha.

Com 15000 pessoas não é possível atingirmos o patamar de desenvolvimento da Terceira ou São Miguel, devemos é ter a consciência dessa realidade e lutar para que na diferença a população atinja uma qualidade de vida igual ou mesmo superior a essas ilhas irmãs.

quinta-feira, junho 15, 2006

As sanjoaninhas

Tomei novamente a vivência das principais festas de Angra com o frenesim próprio de quem deseja ter tudo pronto na hora.

Tudo se propicia para umas grandes festas, não essencialmente para os turistas, como todas as festas na RA, mas para os seus naturais e muito principalmente como ponto de encontro daqueles que espalhados pelo mundo regressam nas festas de verão para reverem os amigos e familiares.

Há muitos anos não assisto a estes festejos, ainda não foi este ano, pois deixo a Terceira hoje e regresso ao “Fayal”.

terça-feira, junho 13, 2006

A gare das Lages

Cheguei ontem à Terceira e ao desembarcar na Gare das Lages fiquei chocado pelo seu estado, pois mesmo em obras nada justifica não existir qualquer aviso ou mensagem a quem chegue que tudo aquilo é passageiro e pedir desculpa pelo incomodo que é muito.

Tal atitude poderá traduzir-se por uma profunda falta de respeito, não só à população da RA que por lá passa, como a todos os visitantes.

Fui em seguida visitar a parte da aerogare já em serviço e de novo o meu espanto pela sua infuncionalidade com a colocação do “despacho de bagagens” no meio do espaço, qual menina em sala de baile, tornando-o exíguo para o atendimento simultâneo de mais de um avião.

Aos responsáveis resta apenas uma atitude coerente politicamente e que já deveria ter sido tomada, apresentar uma proposta de alteração, porque errar é humano e aproveitar o período do próximo inverno, por ser o de menor movimento, para a correcção daquela aberração arquitetónica digna de figurar como exemplo em qualquer compendio.

domingo, junho 11, 2006

As scudes

Quem visita São Miguel e dá uma volta pela ilha rapidamente conclui pela necessidade da construção de uma rede de vias rápidas que possibilitem a ligação aos principais pólos de desenvolvimento da ilha, chamem-se scudes ou outro nome.

Esta é uma prioridade da própria RA e a sua concretização é fundamental para o desenvolvimento económico da região, pois só São Miguel poderá ser o motor, capaz de motivar o movimento para o progresso de toda a RA.

sexta-feira, junho 09, 2006

Ponta Delgada

Estou em Ponta Delgada, cidade que nos últimos anos sofreu um crescimento verdadeiramente espectacular, tornando-a o polo de desenvolvimento da própria RA e a sua “capital” política e económica.

Hoje é pacifico esse reconhecimento, agora torna-se imprescindível estender os benefícios do seu desenvolvimento a toda a população não só do concelho mas da ilha.

quarta-feira, junho 07, 2006

Fazer turismo cá dentro

Este ano decidi tirara alguns dias para fazer turismo dentro de casa, escolhi passar 4 dias em Ponta Delgada e outros tantos em Angra do Heroísmo.

O turismo interno é muito pequeno e só há alguns anos começou a ter expressão com a entrada dos ferries, o que conduziu a uma alteração nos hábitos da população e em especial com uma circulação de jovens entre as diferentes festas de verão.

Tinha também previsto a utilização dos barcos para parte do percurso, mas tal não foi possível, assim tive de utilizar o avião, que apesar de rápido tira o gozo único de uma viagem de barco entre as ilhas do grupo central.

segunda-feira, junho 05, 2006

O dia da RA dos Açores

Na segunda feira do Espirito Santo dia em que todos os açorianos se identificam, comemora-se "O dia da RA dos Açores", uma realidade na organização política de um arquipélago só possível desde a institucionalização do Regime Autonômico.

Com a autonomia temos sido capazes de construir uma nova sociedade quer nos aspectos económicos, quer no político e a RA atingiu um patamar de desenvolvimento sem paralelo na sua história.

Transcrevo em complemento estratos das mensagens das duas maiores autoridades da RA:

“Somos hoje uma realidade completamente diferente, para melhor, do que éramos há 30 anos e assim o demonstram todos os indicadores, comprovando a virtualidade da Autonomia democrática que hoje vivemos.
Ao celebrarmos mais um Dia da Região, creio poder afirmar que, apesar das dificuldades ainda existentes e dos graves problemas que em geral afectam o nosso tempo, estamos preparados para enfrentar os desafios do desenvolvimento e da modernidade.”
Fernando Meneses (Presidente da Assembleia Legislativa Regional dos Açores)

“Comemorar os Açores enquanto Região não pode apenas dizer respeito aos seus órgãos de governo próprio, nem à sua classe política, mas deve ser uma oportunidade de todos os Açorianos, de nascimento ou de coração, onde quer que estejam, afirmarem a sua História, a sua Identidade e a sua Cultura. Desse modo, é importante salientar que esta deve ser uma oportunidade de reforçar o sentimento de pertença a uma realidade comum que necessita do contributo de todos para o seu fortalecimento e progresso, numa contínua caminhada de vencer com sucesso os desafios que nos esperam.”
Carlos César ( Presidente do Governo Regional dos Açores)

sábado, junho 03, 2006

...e o barco saiu

Nestes últimos dias parecia ser o assunto mais importante na RA, afinal o barco da Transmaçor já navega para a Região e iniciará as suas viagens no inicio da próxima semana.

Quando se pretende apenas atingir objectivos de pequena política, tornamo-nos mais pequenos do que já somos.

quinta-feira, junho 01, 2006

Timor

De novo assisto a violência em Timor, agora gerada internamente por problemas de intolerância racial.

A independência de um povo é apenas um inicio de uma caminhada, na maior parte das vezes dolorosa, para se conseguir implantar a democracia e o progresso de um povo, em Timor a comunidade internacional pensou que os objectivos estavam atingidos, esquecendo-se do trauma da guerra da independência e principalmente das feridas profundas causadas pela destruição maciça dos bandos em véspera da independência,

Espero que a GNR que tão grande capital de simpatia e competência deixou anteriormente em Timor, consiga transmitir confiança a um povo tão sofrido e merecedor de encontrar o seu caminho no desenvolvimento e na paz.