O novo clima

As alterações climáticas são visíveis em todo o globo, os fiordes estão em descongelamento acelerado, as tempestades tropicais sucedem-se crescendo em violência, as inundações espalham-se por todo o globo e as secas como a verificada no continente português são mais prolongadas.

É o homem com o seu modo de vida não respeitando a natureza, alterando sem qualquer respeito pelas consequências o meio ambiente o principal factor de todas estas calamidades, mas apesar de hoje não existirem duvidas os principais países infractores negam-se a qualquer alteração ao seu modo de vida, senhores de uma sobraçaria e uma pseudo superioridade perante a natureza e os outros homens verdadeiramente chocante.

Se sobre os homens os poderosos poderão influenciar ou impor as suas vontades, nunca vencerão a natureza.

Brito e Melo

Faleceu há dias o Dr Luis Brito e Melo, professor da nossa Escola Secundária e antigo Presidente da Assembleia Municupal da Horta durante os primeiros 20 anos de democracia.

Tratou-se de uma pessoa marcante na vida desta cidade e principalmente de muitas gerações de jovens.

Tínhamos uma relação mutua de amizade e respeito, não posso deixar por isso de o referir hoje com pena.

À família as minhas condolências.

Tomaz Duarte Júnior

Decorreu na noite de 22 a apresentação publica, a titulo póstumo do livro “ A comunidade do Canal” de Tomaz Duarte Júnior.

Apesar de apenas ter conhecido o autor, não devo manifestar, por respeito, quaisquer observações pessoais, mais sim o reconhecimento por um principio que tenho defendido como fundamental para o desenvolvimento económico-cultural desta sub-região da RA, o triângulo constituído pelas ilhas do Faial, Pico e São Jorge.

A leitura deste livro deverá ser pois obrigatória para todos aqueles que nesta zona da Região ainda defendem o isolamento e o bairrismo como forma de desenvolvimento.

Tomaz Duarte Júnior foi um pensador que estruturou não só a “Comunidade do canal” como anteviu as vantagens económicas destas ilhas vizinhas, tornando-se uma figura marcante do século XX nos Açores.

As palavras de Bento XVI

O Papa declarou este fim de semana perante milhares de Jovens que a Igreja católica pode ser criticada pelas suas falhas.

Há alguns anos qualquer critica por mais pequena poderia ser motivo para um auto de fé e quantos morreram por aquilo que hoje é reconhecido como um direito de qualquer homem livre.

Os tempos mudaram para todos, mesmo para aqueles que no passado nos campos religiosos, políticos ou filosóficos. tudo fizeram para pararem o relógio da caminhada do homem.

Semana dos Baleeiros

Terminada uma festa na Horta logo se inicia outra esta na Vila das Lages do Pico a Semana dos Baleeiros.

Outro momento importante e marcante no substrato cultural do povo destas ilhas atlânticas.

Boas festas é o meu desejo e que o bom tempo continue de passagem por cá.

Festas e bom tempo

Terminaram as festas da Semana do mar este ano prolongadas por mais um dia o 15 de Agosto.

Muita gente por aqui passou e com o bom tempo por companhia sentiram este lugar como um dos recantos mais paradisíacos deste nosso pequeno mundo.

Para o ano haverá mais festa e acredito com a mesma vontade de engrandecer este magnifico festival nautico e de vela que já é hoje a “Semana do mar”

O parecer do TC

O Tribunal Constitucional considerou inconstitucional um decreto aprovado pela Assembleia Regional dos Açores que repartia as despesas de manutenção e construção de escolas entre as Câmaras Municipais e o Governo Regional.

Para o Tribunal Constitucional, "as autarquias não podem fugir às suas responsabilidades de manutenção e construção dos edifícios pré- escolares e do ensino básico, até ao nono ano".

A legislação aprovada no parlamento regional, no passado mês de Junho, propunha que "as Câmaras Municipais se responsabilizassem pelos edifícios de educação pré-escolar e primeiro ciclo que fossem sua propriedade".

Porém, a Associação de Municípios dos Açores contestou o decreto regional, sustentando que "o governo estava a impor obrigações" às autarquias, dado que, na sua interpretação, "seria o executivo responsável pelas obras de manutenção e construção mesmo nos edifícios propriedade dos municípios".

O TC clarificou a questão e considerou inconstitucional a proposta da assembleia regional.

Segundo aquele tribunal, "os municípios açorianos terão as mesmas obrigações que os do continente português, que são responsáveis por aqueles edifícios e a respectiva manutenção".

Com a contestação a Associação de Municípios dos Açores saiu claramente perdedora, as autarquias locais açorianas penalizadas financeiramente e a autonomia política da RA ficou um pouco mais enfraquecida.

Assim vamos construindo a autonomia política desta RA, porque são estes os políticos que hoje temos.

Investimento público

Na abertura do pavilhão de actividades económicas o representante da Câmara do Comercio local falou na necessidade de investimento publico como a principal razão à pouca actividade económica local.

È sempre cómodo passar a outros alguma da nossa responsabilidade, se por um lado São Miguel apresenta um forte crescimento turístico e económico, tem de se reconhecer que alem de ser a maior ilha da região também lá se encontra residentes os grupos económicos regionais e mais de metade da população.

Como já várias vezes neste blog afirmei e continua a ser minha forte convicção só a sub-região triângulo – Faial, Pico e São Jorge, tem qualquer possibilidade de atracção de capitais, crescimento turístico sustentado e desenvolvimento económico, enquanto as nossas autoridades regionais, locais e população não assumirem esta realidade física e continuarem com tentativas de divisão e de bairrismo doentio que apenas nos transportam ao patamar de desenvolvimento onde nos encontramos mas onde dificilmente sairemos, havemos de continuar a reclamar investimento público como se vivêssemos hoje com os princípios de há vinte anos.

Temos uma realidade física única na Região com um potencial de desenvolvimento turístico maior que o de São Miguel isolado e continuamos cada um apenas a ver a sua capelinha.

Semana do Mar

Com a chegada do primeiro domingo de Agosto chega a “Semana do Mar” a principal festa do Concelho da Horta e uma das mais importantes dos Açores e o principal festival de vela do pais com a duração de uma semana.

Este ano a festa faz 30 anos, isto quer dizer que está institucionalizada e aceite nos seus princípios e modelo organizacional, como também já é tradicional todos os anos se fala na sua alteração ou inovação, como uma necessidade, o certo é as ideias apresentadas ficam-se por banalidades de pormenor e mais nada.

A Semana do Mar foi desde a primeira um “Festival náutico de vela” hoje único no país, assim deverá continuar para se manter a originalidade da mesma, as distracções em terra são pretexto para a festa e não a razão principal da mesma.

Este ano inovou-se na colocação dos comes e bebes na Avenida, a modificação foi positiva e melhorou qualitativamente toda aquela área da festa.

Vamos à Semana do Mar um bom momento de convívio e de encontro de amigos e conhecidos.- Boas Festas -

Época de fogos

Com a chegada do calor e da ausência da humidade atmosférica chegam os fogos, as televisões generalistas portuguesas transformam este problema nacional em catástrofe e o sofrimento humano adjacente ao fogo numa novela da vida real.

Os autarcas denunciam fogo posto em todos os incêndios, os bombeiros este ano por terem finalmente um comando único e uma cadeia de comando nacional estão comedidos nas apreciações, mas afinal qual o motivo desta situação traumatizante para todos?

Plantação de arvores não indicadas para um país do sul – pinheiros e eucaliptos.

A tradicional não limpeza das matas nem dos terrenos adjacentes às habitações bem como a não existência de estradas florestais que possibilitem aqueles trabalhos.

Falta completa de fiscalização e acompanhamento na prevenção e limpeza.

Novos factores profundamente influenciadores dos fogos – a alteração climática por que passa a península ibérica, anunciada há anos pelos especialistas e que não mereceu até hoje qualquer intervenção das entidades competentes.

Perante tudo isto Portugal será um país de incendiários ou todos somos um pouco responsáveis por uma situação que vem de séculos e que urge ser alterada profundamente não só em mentalidade como e principalmente na constituição da mancha florestal e nas espécies florestais, para se acabar com o sofrimento humano do país profundo que fazemos por não conhecer passado a época dos fogos.

Presidenciais

Com o aproximar do seu tempo de realização, eis que surgem os dois candidatos já esperados Cavaco Silva e Mário Soares.

O primeiro move-se por uma aspiração legitima e para uma grande parte do eleitorado como a única hipótese de vitória.

O segundo apareceu do nada apenas para quem não lhe conhece a necessidade intima de permanecer debaixo dos holofotes do centro da vida política, de que necessita como ar para respirar.

Trata-se dos dois grandes políticos vivos de Portugal, como no totobola aposto hoje na tripla, depois de ver os seus programas e aquilo que nos propõem tomarei partido, até lá muita água vai correr ainda.

Obras públicas

Os últimos dias de Julho foram propícios a apreciações sobre a bondade da realização de grandes obras publicas pelo governo da Republica.

Relativamente ao anuncio das mesmas considero que foi despropositado e diria mesmo em linguagem do povo desastrado, pois num período onde o desemprego aumenta, em que se pede sacrifícios e se aumentam impostos, anunciar muitos milhões em obras algumas de ostentação, caso do TGV, já anunciado pelo governo anterior também com pompa em cimeira ibérica, é um sinal de provincianismo próprio deste pobre país.

Relativamente ao novo aeroporto levantam-se várias interrogações que enquanto não tiver acesso aos estudos que dizem justificar o mesmo, me limitam a critica, mas julgo que não andarei longe da realidade se a entidade que grita pela sua urgência não terá a mesma doença da FPF quando também se manifestava pela urgência na construção dos 10 estádios de futebol para um acontecimento desportivo que durou um mês.

Todos continuamos a pensar que somos um país rico, mesmo mais rico que os ricos, onde os fundos do estado são infinitos, onde os milhões são como as estrelas e o nosso tesouro continua a ser apenas a nossa fé em sermos ricos.