sábado, julho 29, 2006

"Volcano Watching"

O presidente do Observatório Vulcanológico e Geotérmico dos Açores defendeu recentemente o aproveitamento turístico das riquezas geológicas das ilhas, através de iniciativas que dêem a conhecer aos visitantes novas facetas naturais do arquipélago.

"Os Açores não se resumem só a golfinhos e baleias", declarou o vulcanólogo Victor Hugo Forjaz à agência Lusa, para quem "há ainda muito da natureza açoriana por explicar e dar a conhecer” a quem visita a Região.

Aquele cientista defendeu, por isso, a necessidade da criação e uma cultura de "Volcano Watching", à semelhança do que já acontece com a actividade de observação de cetáceos em alto mar (whale watching), dando a descobrir aos visitantes facetas do arquipélago ligadas à geologia e vulcanismo. O projecto poderá passar por passeios pedestres, observação dos fenómenos vulcano-geológicos do arquipélago e aquisição de livros de cariz científico sobre os vulcões açorianos mais emblemáticos.

Uma boa ideia que deve ser acarinhada pela Direcção Regional de Turismo e pelos empresários da área e que poderá ser mais uma vertente importante a explorar dum nicho de mercado com grande potencial.

quinta-feira, julho 27, 2006

Carta autonômica

O líder parlamentar do PS/Açores defendeu que o Estatuto Político-Administrativo da região, em fase de revisão na Assembleia Regional, deve assumir um carácter político, constituindo-se como uma Carta da Autonomia.

"O novo Estatuto deve consagrar um preâmbulo que sirva de proclamação política sobre o que são os fundamentos e para que serve a autonomia, ao nível dos direitos e deveres para com todas as instituições com quem a região se relaciona", disse Francisco Coelho, que preside à comissão parlamentar encarregue de rever do documento.

Felizmente continuamos a ter políticos capazes de verem alem da sua viseira partidária e a compreenderem que as conquistas autonômicas obtidas no 25 de Abril devem continuarem serenamente e nos momentos certos.

terça-feira, julho 25, 2006

Os 1000

Só este ano já entraram na Marina da Horta mais de 1000 iates em viagens transatlânticas, trata-se de um movimento que torna este porto um dos mais movimentados do mundo.

Uma das razões que conduz a esta situação e a sua posição geográfica no atlântico, a renome do seu porto, internacionalmente reconhecido desde o século XIX e as estruturas de apoio existentes.

Mais do que embandeirar é necessário um esforço continuado para uma melhoria na qualidade oferecida a todos aqueles que demandam este porto.

domingo, julho 23, 2006

Paisagem protegida

O Plano de Ordenamento da Paisagem Protegida de Interesse Regional da Cultura da Vinha da Ilha do Pico (POPPVIP) entrou em vigor a partir de sexta-feira passada.

Trata-se de um documento de planeamento muito importante por preservar um património único que nos transporta para o trabalho árduo e verdadeiramente heróico em esforço físico, sem se ter traduzido nunca num verdadeiro factor de desenvolvimento económico daquelas populações.

sexta-feira, julho 21, 2006

O medio oriente

Nos últimos anos, os Estados Unidos imbuídos num espirito belicista vindo do tempo do Vietnam, pensaram que a força destruidora das suas forças era suficiente para ganhar guerras em poucos dias, assim agiu no Afeganistão e no Iraque e quer num cenário, quer no outro aqueles objectivos cada vez parecem estar mais distantes.

No cenário da palestina a cegueira israelita está a entregar os árabes aos fanáticos, tal como os americanos o fizeram no Iraque.

A destruição quase total do Líbano pelas força militares se Israel será num futuro mais prejudicial para este país do que para os fanáticos islâmicos e apenas levará rapidamente a não haver pontes possível entre Oriente e Ocidente naquela região e sem elas não há paz.

Cada vez que se resolver hoje um problema de vizinhança apenas pela força bruta, recua-se na história da civilização e o mundo recua também.

quarta-feira, julho 19, 2006

A nova lei eleitoral

Encontra-se em votação final na Assembleia da Republica a nova Lei eleitoral para o parlamento regional.

Pode-se não estar de acordo com o aumento do numero de deputados, mas ela traduz dois factores suficientemente fortes para se concordar com ela, o primeiro a tentativa de criação de proporcionalidade, o outro a representatividade dos pequenos partidos no Parlamento Regional.

O PSD pretendeu apenas impor a sua vontade que nunca foi muito clara, ficou isolado e perdedor.

segunda-feira, julho 17, 2006

CPLP

Encontram-se reunidos os países constituintes da “Comunidade de países de língua oficial portuguesa” em Bissau.

São dez anos de um esforço para a criação de uma verdadeira comunidade de países livres e democráticos.

Hoje acredito que depois de todos terem conquistado a paz, se encontram pela primeira vez condições para a CPLP dar sinais de crescimento em prol do desenvolvimento dos seus povos e em defesa da língua oficial portuguesa, elo de ligação de todos.

sábado, julho 15, 2006

De novo a guerra

De novo os canhões voltaram a ouvir-se no médio oriente, lugar onde eles nunca se calaram, apenas permaneceram no seu lugar, armados esperando uma oportunidade para o regresso.

Como em outros confrontos tenho dito neste meu blog, em qualquer guerra não à santos, nem há guerras limpas, elas são sempre um regresso à barbárie e um retrocesso ao caminho penoso da civilização.

Mas nesse canto do mundo, onde as religiões monotaistas tanto se prezam de o considerarem a origem, não se consegue que a razão, vença o fanatismo, sendo este o vencedor a paz apenas é possível com a eliminação do outro.

A tolerância foi retirada dos livros santos e daqueles lugares santos, resta-nos a guerra até à sua reposição, sem vencedores ou vencidos porque a fé que os move não se restringe àquela área apenas, o sofrimento de inocentes esse continuará na indiferença de ambas as partes.

quinta-feira, julho 13, 2006

Semana do Mar – O cartaz

Tomei conhecimento do cartaz da Semana do Mar 2006 e fiquei satisfeito, de novo voltamos para um cartaz que transmite uma mensagem de beleza e de mar.

Depois de alguns anos de divagação artística, este ano voltamos não às origens mas a um enquadramento natural único que é o nosso grande cartaz em todo o mundo, para quê criar o medíocre quando temos o belo à nossa porta.

terça-feira, julho 11, 2006

O 2º barco

Por razões operacionais o 2º barco não vem este ano, eis que aparecem as carpideiras habituais com um rol de preocupações desproporcionadas como se os açorianos fossem anormais.

A empresa fez todas as demarches para desbloquear a vinda do barco, o proprietário da embarcação faltou com a sua parte, por tal motivo não me consta que o verão tenha acabado ou que tenha acontecido qualquer catástrofe regional.

Entretanto a Transmaçor propõe a substituição por um outro seu barco o “Expresso das Ilhas” para reforço do grupo central, embarcação rápida e com óptimas condições para os passageiros, resolvendo em parte o problema do transporte marítimo neste grupo.

Apenas as Flores ficará privado de barco este ano, concordo que é penalizador para todos aqueles que pretendiam lá se deslocarem para assistirem às festas das Lajes, eu era um deles, mas para o ano espero lá ir e então visitar os amigos e os antigos colegas de trabalho.

domingo, julho 09, 2006

O sismo de há 8 anos

“O processo de reconstrução foi marcado pela exigência, para que as cerca de 3200 famílias vítimas do sismo recomeçassem uma vida nova com mais segurança. “Desenvolvemos este processo de reconstrução deixando uma marca de exigência – não apoiamos de qualquer maneira, nem construímos de qualquer forma ou em qualquer sítio”, sublinhou Carlos César, adiantando que a recuperação do parque habitacional destruído em ambas as ilhas absorveu um investimento público de 240 milhões de euros.


A maioria desse montante foi suportado por verbas próprias do Governo Regional, acrescentou, considerando que “não há muitos exemplos, nem sequer nos países ricos” de níveis de ajuda idênticos aos assegurados pelo seu Executivo às famílias atingidas. Para Carlos César, o “Governo e as famílias” garantiram, juntos, um “percurso de sucesso” à reconstrução, conseguindo num curto espaço de tempo recuperar cerca de 70% do parque habitacional do Faial e 20% do Pico, os quais por falta de condições, sofreram elevados danos na crise sísmica da 1998.”

sexta-feira, julho 07, 2006

O radão

Por considerar do maior interesse transcrevo parcialmente do Diário dos Açores

“O facto é que nos Açores morre-se mais por cancro que a nível nacional – algo aparentemente incoerente com a ideia de natureza mais ou menos pura que proclamamos. É verdade que as causas podem residir em determinados hábitos de consumo (com destaque para o tabaco e o álcool), na falta de controlo sobre a cadeia alimentar (a maioria dos produtos são importados e os regionais não são controlados) ou até na humidade (que mantém os níveis de poluição dos carros muito próximos do chão). Mas o facto é que adicionalmente pode ter a ver com o radão.

Convém olhar para o que outros fazem. E quando o fazemos, a dúvida sobre se não nos estamos a preparar para realizar estudos que outros já fizeram é inevitável. Nos EUA, em 2005 o responsável máximo pela Saúde no país (Surgeon General) emitiu um alerta sobre o risco para a saúde de haver radão dentro das casas. Nesse documento, os americanos eram instados a medir os níveis nas suas habitações, afirmando a urgência de remediar o problema rapidamente quando os níveis fossem superiores a 4 pCi/L (uma unidade de medida específica que é “picoCuries por litro de ar”). A razão do alarme: mais de 20 mil americanos morrem por ano de cancro do pulmão relacionado com o radão.

É por isso questionável até que ponto essa relação terá de ser de novo estabelecida nos Açores, se tanto os europeus como os norte-americanos já o fizeram. O que falta fazer é desde logo a aplicação de uma política concreta de protecção dos cidadãos que passe por um levantamento dos níveis de radão no maior número de locais – uma espécie de mapa –, pelas medições dentro de habitações e empresas, a explicação aos proprietários de como resolver o problema e a introdução na construção civil dos meios para isolar as habitações desse gás.”

quarta-feira, julho 05, 2006

Timor

A caminhada de qualquer país depois da sua independência é sempre feita de sofrimento que advém da dura realidade de se governar um país real, Timor não foi excepção.

Tomei conhecimento hoje da possível nomeação de Ramos Horta para a pasta de primeiro ministro, apesar de estar muito longe, de não pertencer àquele país, e de não desejar sob nenhuma forma ser portador de qualquer verdade, fiquei satisfeito por reconhecer as grandes capacidades políticas daquela personalidade para este momento difícil.

Para o bom povo de Timor os meus desejos de paz, concórdia e desenvolvimento.

segunda-feira, julho 03, 2006

A Horta em Festa

O cidade da Horta festeja amanhã mais uma ano, já não é uma criança, como adulta apresenta necessidades motivadas pelo desenvolvimento que a autonomia política da RA proporcionou.

A Horta necessita acreditar no futuro, reconhecer as suas possibilidades económicas e ter orgulho do seu passado.

sábado, julho 01, 2006

Entrámos nas férias

Entrámos nos meses de férias nacionais, todos os serviços reduzem a produção e todos apenas tem em mente umas férias longe do seu local habitual de trabalho.

Para alguns as férias continuam a ser uma miragem, para outros levam a fazerem-se novas dividas e para poucos transformam-se em férias de sonho.