A ingovernabilidade

Terminadas as eleições e contados os votos a Câmara Municipal da Horta continua do PS, mas perdeu a maioria nesse órgão como também na Assembleia Municipal, tal facto deveu-se à subida da CDU, a merecer um estudo sociológico mais cuidado por difícil explicação lógica em cima do facto.

Para a CDU agora começa a democracia neste órgão autárquico e para o PSD começa o fim da governação do PS pelas dificuldades que surgirão.

A legislação autárquica em vigor atribui um rol de competências próprias ao Presidente que lhe permitem na pratica a quase governabilidade da autarquia, pouco mais resta à vereação, mas para esse pouco são necessários acordos com as partes que são sempre difíceis, onde prevalece quase sempre o interesse da força política da oposição acima dos interesses dos munícipes.

Um executivo sem maioria é sempre aparentemente fraco, mas é nestas circunstancias que o Presidente eleito terá de se mover, o exemplo mais actual dum caso destes foi o de Rui Rio da Câmara do Porto, onde as dificuldades que lhe criaram apenas levaram à maioria absoluta, cá há anos essas mesmas circunstancias levaram também Renato Leal à maioria absoluta na eleição seguinte.

Cabe a todos os intervenientes políticos a assunção das suas responsabilidades de modo a tornar o município governável, não no interesse do particular mas do colectivo da sua população.