quinta-feira, dezembro 01, 2005

A restauração

Ao festejarmos a restauração da independência nacional, não posso deixar de reflectir sobre esta temática nos dias que passam com um sentimento de abertura à globalização que nos envolve.

Hoje as fronteiras esbatem-se, não só por factores políticos, no nosso caso motivado pela EU, com e principalmente por razões económicas e de comercio, onde qualquer pequena economia não tem qualquer possibilidade de existência independente.

No grande mercado europeu, a criação do mercado ibérico é uma necessidade de sobrevivência nacional para os dois países da península, como também o é a união de políticas comuns nos principais dossiês europeus.

Mas foi com estupefacção que li em vários jornais nacionais, depois da ultima cimeira Portugal/Espanha, alguns dos colunistas consagrados escreverem um rol de pensamentos condizentes a um novo medo de Espanha.

Hoje na EU a nossa independência não está nas fronteiras físicas com Espanha, mas na nossa cultura especifica e que deverá ser assumida com orgulho, na defesa e expansão duma língua multicontinental como o português e numa política exterior onde o Brasil e as antigas colónias africanas sejam prioridades de cooperação e de solidariedade.

Sem comentários: